Relacionamento sanfona: quando a dúvida é a resposta



Em tempos em que a infidelidade tornou-se algo “natural” nas relações (mentira, sempre foi, só que agora o pessoal excraaaaaaaaxa!), o medo da traição, a falta de tempo, entre outras coisas, vimos um grande número de pessoas que optam pelo relacionamento aberto, sem compromisso e sem cobrança. Outros mais guerreiros tradicionais preferem insistir no namoro firme. Todos em busca da felicidade ao lado de alguém por quem haja ao menos tesão carinho. O problema é quando a relação não é assumidamente “aberta” nem oficialmente um “namoro”. Até aí, normal, porque todo mundo já viveu algo parecido com isso, um momento de indefinição, mas, alguns casos são mais extremos, como por exemplo o da L.C. Ela e o palhacinho quase-namorado se conheceram há um ano e saem desde junho do ano passado. Os dois ficaram naquele “chove-e-não-molha” em que ninguém quer se comprometer.

Até que começaram a aparecer os sinais (Ah, os sinais!) Ciúmes para cá, saudades para lá e para cá, nada de assumir o namoro que só não era oficial para os dois. Segundo L.C. “mesmo sem o namoro existe o ciúme das duas partes e assumidíssimos. Há cobrança, satisfação, cuidado,  zelo...” e completa: “todo mundo acha que a gente namora!”. Diante disso eu me pergunto, e pergunto para ela também porque eu não sou dessas que guarda comentários indelicados, por que não assumem a relação então?

Por um lado, a conveniência de poder agir como bem entender por não haver oficialmente um compromisso, por outro, o medo da relação não dar certo e o namoro acabar se tornando um incômodo. Minha mente pecaminosa questionadora quer saber por que então insistir nisso que trás sofrimento já que o mundo está aí cheio de palhacinhos disponíveis para a gente aproveitar? E a L.C. responde ter medo da solidão e assume “ele é minha carta na manga”.

Assim como a L.C. muitas meninas são abençoadas com o poder do dedo-podre surpreendidas com esses palhaços rapazes indecisos, o tipo que só percebe e começa a valorizar a menina quando ela dá sinais CLAROS de que está cansada. E aí, meninas, vocês já sabem como funciona, não é? Vocês lá carentes, apaixonadas, tristes, sonhando com alguém que lhes dê o devido valor, e de repente o sapo passa a se comportar como o devido príncipe encantado. O quase-namorado da L.C. apelou e disse:

- As pessoas olham para você e lembram de mim, olham para mim e lembram de você. Não adianta, onde eu e você estivermos, estaremos juntos.

Quem não cairia nessa conversinha fiada ilusão pelo menos uma vez na vida? Ele ficou com outra na frente dela, ela terminou. Voltaram. Ela ficou com outro, ele viu. Terminaram. Voltaram. E entre idas e vindas, um belo o dia o quase namorado pediu a L.C. em namoro, mas no dia seguinte se arrependeu e terminaram de novo. E já que a coisa parece não ter mesmo desenrolo, perguntei à L.C. o que seria a gota d’água para o relacionamento sanfona casal e ela me responde, mesmo sem reparar, o que parece ser a solução do próprio problema:

- Eu não me surpreendo com mais nada que possa acontecer. Costumo dizer que nessa "relação" eu ajo completamente contra os meus princípios e valores, sempre perdoei os vacilos.[...] É muito complicado gostar, eu que imaginava ter visto e passado por tudo estou aqui!


Por Alaina Paisan
Redação Dona Giraffa

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